Magra sem Nóias

De quilo em quilo eu volto ao normal.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Como parei de Fumar



A parte mais difícil pra mim foi a necessidade de parar de fumar. Sempre gostei de fumar, nunca vi nisso um problema pra mim, até mesmo porque meu marido fuma e provavelmente na minha idade, ainda não foi possível (por sorte) sentir nenhum tipo de mal estar... Eu relamente gostava: beber uma cervejinha, um chimarrão, depois do almoço, enfim adorava... A única parte ruim que eu via, era o mal cheiro, sempre imaginava como isso seria desagradável às pessoas que não fumam, então, por consideração, evitava abraçar, falar muito próximo...

Mas numa noite, após beber e fumar uma carteira, ou seja, eu estava só fumaça por dentro, e do nada, imaginei que poderia ter um bebê dentro de mim, sei-lá, tantas pessoas engravidam sem saber... e naquele momento imaginei que aquela " tonturinha gostosa" que o cigarro me causava, e me deixava com uma sensação agradável quando começa a circular pelo sangue e chega ao cérebro, nooossa muito bom... mas imaginei essa mesma "tonturinha" em um ser minúsculo, um ser que usa o meu sangue, numa corrida frenética de multiplicar-se incessantemente, pra se formar... vi que com certeza, aquela "tonturinha gostosa" que me fazia relaxar, "dar um tempo", "parar por alguns instantes" poderia causar, realmente, danos irreversíveis a um bebê...

Imaginar o quanto os efeitos estariam potencializados, se um cigarro era capaz de deixar um adulto tonto, mesmo que levemente, esse mesmo cigarro atingiria o feto numa força que provavelmente se fosse em mim, me derrubaria...

A partir desse dia, eu me decidi parar de fumar... eu jamais seria capaz de fazer isso com um bebê e muito menos com o "meu bebê". Até poderia fazer isso comigo, afinal sou adulta e sei que devo responder pelos meus atos, mas jamais faria isso com alguém que não tem condição de escolher... jamais forçaria meu filho a fumar antes de nascer, assim como jamais colocaria cachaça, em sua mamadeira...

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